
Desde que integrou os Jogos Olímpicos modernos em 1896, o tiro esportivo tem sido uma das modalidades mais exigentes do ponto de vista técnico e mental.
Sua estrutura rigorosa, que envolve provas de pistola, carabina e espingarda, exige dos atletas um controle absoluto sobre corpo e mente. A cada recorde batido, o que se vê não é apenas a pontuação mais alta — mas o reflexo de uma rotina exaustiva de aperfeiçoamento.
As regras evoluíram, o formato das provas foi modernizado e os equipamentos ficaram mais sofisticados, especialmente após Londres 2012, Rio 2016, Tóquio 2020 e Paris 2024. Esses avanços alteraram o próprio conceito de excelência, redefinindo o que é possível no esporte.
Carabina: constância milimétrica
Nas provas de carabina, vencer significa manter a perfeição em dezenas de disparos. Em Paris 2024, o chinês Sheng Lihao cravou 252,2 pontos na final da carabina de ar 10 metros, superando o norte-americano William Shaner, detentor do recorde anterior. No feminino, Ban Hyojin, da Coreia do Sul, assombrou ao registrar 634,5 pontos na fase classificatória.
Na carabina 50m três posições, Chiara Leone (Suíça) firmou novo recorde final feminino com 464,4 pontos. O recorde masculino continua com Zhang Changhong, da China, que estabeleceu 466,0 pontos com precisão imbatível.
Pistola: entre concentração e controle absoluto
As provas de pistola são intensas, técnicas e psicologicamente desgastantes. O recorde de qualificação da pistola de ar 10m ainda pertence a Mikhail Nestruev (Rússia), que marcou 591 pontos em Atenas 2004. Já o iraniano Javad Foroughi quebrou o recorde final em Tóquio 2020, com 244,8 pontos em uma das finais mais consistentes da história.
No feminino, Ranxin Jiang brilhou com 587 pontos na qualificação de Tóquio, enquanto Oh Ye Jin, da Coreia do Sul, dominou a final em Paris com 243,2 pontos de precisão sob pressão. Na pistola 25m, Vitalina Batsarashkina e Kim Minjung compartilham o topo com 38 pontos na final.
Espingarda: reflexo e rapidez em movimento
Nas disciplinas de trap e skeet, o que conta é o tempo de reação e a capacidade de leitura rápida dos alvos. Em Paris 2024, Nathan Hales (Reino Unido) acertou 48 pratos na final do trap, enquanto Adriana Olivia (Guatemala) brilhou com 45 acertos no feminino.
No skeet, Vincent Hancock se consagrou em Tóquio 2020 ao registrar 59 acertos e conquistar seu terceiro ouro olímpico. Amber English liderou entre as mulheres, com 56 acertos. A equipe italiana composta por Diana Bacosi e Gabriele Rossetti também fez história ao atingir 149 pontos na qualificação por equipes mistas em Paris.
Marcas que atravessam gerações
O tiro olímpico também é feito de lendas. O sueco Oscar Swahn se tornou o medalhista mais velho da história ao conquistar uma prata aos 72 anos, nos Jogos de 1920, em Antuérpia.
Por sua vez, Kim Rhode, dos Estados Unidos, fez história com seis medalhas olímpicas consecutivas entre 1996 e 2016, um feito único no esporte.
Mais do que pontaria
A loja CTK Armas, de Barra do Garças (MT), ressalta que recordes no tiro esportivo vão além da técnica — representam a evolução física, psicológica e estratégica de cada atleta.
O esporte segue em transformação, mas a busca pelo disparo perfeito continua sendo sua essência. No limite entre o silêncio e a precisão, surgem performances que traduzem o verdadeiro espírito olímpico.
Para saber mais sobre recordes olímpicos do tiro esportivo, acesse:
https://www.olympics.com/en/news/olympic-records-shooting-pistol-rifle-shotgun
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