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Marco Antônio de Souza: a trajetória do “Assombroso” eternizada em livro

21 MAI 2025

Poucos nomes ressoam com tanto respeito no Exército Brasileiro quanto o de Marco Antônio de Souza, conhecido como “Assombroso”.

Em 2025, sua história ganhou as páginas do livro “Eu, Minha Arma e o Alvo”, publicado pela Editora Rocco, uma obra que revela a trajetória de um dos mais lendários atiradores de elite do país.

Escrito pelos jornalistas Nathalia Alvitos e André Moragas, o livro apresenta um retrato profundo de um homem cuja precisão se converteu em legado.

Da infância simples à vocação militar

Nascido em 1964, no Rio de Janeiro, Marco teve uma infância marcada pela humildade e pela influência do pai, ex-militar. Ainda menino, descobriu sua afinidade com armas ao encontrar uma carabina deixada pelo irmão mais velho.

Enquanto outros garotos se divertiam com brincadeiras comuns, ele se isolava no mato, concentrado no aperfeiçoamento da pontaria. A observação dos soldados na rodovia próxima à sua casa foi decisiva para nutrir o sonho de vestir a farda verde-oliva.

Aos 18 anos, ingressou na Brigada de Infantaria Paraquedista. Não demorou para que seu talento se destacasse e ele fosse selecionado para integrar o 1º Batalhão de Forças Especiais — um núcleo restrito onde apenas nove dos muitos candidatos foram aprovados.

Formação de um sniper de elite

No batalhão, Marco passou a atuar como caçador — denominação dada ao sniper nas Forças Armadas brasileiras. Treinado por lendas como Deusdedit Cortes e Roberto Queiroz, tornou-se um dos mais respeitados atiradores de elite da história militar nacional.

Seu domínio sobre o fuzil Heckler & Koch PSG-1, calibre 7,62mm, aliado ao uso de munições Lapua de alta precisão, possibilitava abates com total exatidão a mais de 600 metros de distância. Mas sua fama não se construiu apenas pela técnica. Marco via o disparo como um ato ético, cuja principal finalidade era proteger — nunca exibir letalidade.

O Haiti e o reconhecimento internacional

Em 2006, durante a missão de paz da ONU no Haiti, Marco protagonizou operações decisivas em regiões de alta periculosidade, como Cité Soleil. Sua taxa de precisão foi de 100% em ações críticas.

Além disso, também participou de missões humanitárias, como o resgate de feridos no terremoto de 2010, consolidando sua imagem como um soldado completo.

Seu sangue-frio e sua capacidade cirúrgica em combate chamaram atenção internacional, embora muitas de suas ações tenham permanecido sob sigilo por questões estratégicas.

O legado que vai além do campo de batalha

Após se aposentar em 2013, Marco Antônio de Souza não se afastou da missão de servir. Tornou-se instrutor de caçadores no Centro de Instrução de Forças Especiais, onde compartilhou conhecimentos com novas gerações de militares. Seu retrato no hall de ícones da unidade é um símbolo do respeito conquistado ao longo de décadas.

Além de recomendar a obra, a loja CTK Armas, de Barra do Garças (MT), aponta que a publicação da biografia dessa grande figura militar representa mais do que um registro histórico. É um reconhecimento de sua contribuição silenciosa e decisiva para a defesa do Brasil. “Eu, Minha Arma e o Alvo” é, sobretudo, a celebração de um homem que fez da disciplina, da ética e da excelência técnica seus maiores alvos — e acertou todos.

Para saber mais sobre o maior atirador do Exército Brasileiro, acesse: 

https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/historia-hoje/assombroso-historia-real-do-maior-sniper-brasileiro-e-resgatada-em-livro.phtml

https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/assombroso-conheca-o-sniper-brasileiro-que-revolucionou-forcas-armadas.phtml

https://www.sociedademilitar.com.br/2025/04/o-incrivel-sniper-brasileiro-que-revolucionou-as-forcas-armadas-o-cacador-de-operacoes-especiais-elimina-inimigos-e-atinge-alvos-de-ate-6000-metros-com-extrema-precisao-inspira-soldados-no-mundo-flc.html


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